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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vítimas de pedofilia sofrem intimidação na escola de Catanduva (SP)

Imagem ilustrativa
  Pelo menos 12 das 24 crianças que estão na lista de vítimas de uma suposta rede de pedofilia em Catanduva estão sofrendo discriminação dos colegas, o chamado "bullying", na escola municipal Nelson de Macedo Musa, no Jardim Alpino. Segundo os pais, eles choram e dizem não querer mais estudar.
A escola municipal foi apontada, no início das investigações, como local onde integrantes da rede, ainda não comprovada pela polícia, aliciavam novas vítimas.
O diretor da unidade, Edmilson Sidnei Marques, foi um dos primeiros a denunciar às autoridades relatos de pedofilia contados pelas crianças.
"Todos os dias meu filho chega da escola dizendo que não quer mais voltar, pois apontam ele como mulherzinha da turma", afirmou a diarista R., 30, mãe de três crianças, que na última segunda-feira discutiu com um estudante de 17 anos que insultou seu filho.
O menino, de 11 anos, diz ter sido abusado pelo borracheiro José Barra Nova de Melo, 46, preso desde 15 de janeiro sob acusação de ter abusado de ao menos 18 crianças desde 2008.
Para um pai, que também teve três filhos envolvidos no caso, só o tempo apagará a marca das vítimas. "Não pretendo trocar meus filhos de escola, mas, se isso continuar, posso mudar de ideia. Não temos como controlar a reação das crianças."
Segundo a secretária municipal da Educação, Tânia Aparecida Botós, todos os professores da rede municipal, em especial os da escola Nelson Musa, serão orientados a lidar com casos de discriminação.
"Entre as crianças, não podemos abordar o tema diretamente, mas sim em um conjunto de conteúdos", afirmou.
De acordo com Tânia, a pedofilia vai virar um dos temas de um trabalho interdisciplinar da rede municipal dentro de um projeto que vai difundir a cultura da paz.
"Os professores estão orientados a, em qualquer situação de dúvida, recorrer à secretaria municipal", afirmou.
Por determinação da juíza Sueli Juarez Alonso, da Vara da Infância e Juventude, todas as crianças passam por acompanhamento psicológico.
Os pais, que teriam sido ameaçados durante a investigação, também terão proteção. Segundo os promotores do caso, um novo inquérito só para apurar as ameaças já foi aberto. Nesta semana, as famílias criaram uma organização que deve fazer uma manifestação na próxima quarta-feira (11).
Os suspeitos de envolvimento na rede terão seus sigilos telefônicos quebrados, conforme acordo fechado nesta semana entre o senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia, e a juíza da Infância e da Juventude. 
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br

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